Por pouco, por muito pouco



Eduardo. Um jovem de 19 anos, que vivia uma vida como a de todo mundo. Porém, ele se encontrou com Deus, num desses retiros espirituais; Começou, então, a mudança no seu modo de ver o mundo e as pessoas, típica consequência de quem tem uma experiência de Deus!

Ele não possuía uma relação muito afetiva com seu pai. A frieza dessa relação era um pouco por culta do álcool na vida do pai.

Somente que algo incomodava Eduardo, ele nunca tinha dito: “Pai, eu te amo.”

Para quem não conhecia o coração daquele jovem, poderia parecer um incômodo quase sem importância, por estar na condição de filho, mas para ele, esta frase dizia muito mais que um termo poeticamente formulado; representava tudo aquilo que Eduardo guardava dentro dele, era uma espécie de gratidão, não só por aquilo que o pai havia feito, mas por aquilo que o pai representava. Ali, naquela frase, estava contida a história daquele menino, sua infância, sua existência e coisas que nem ele mesmo sabia dar nomes.

A falta de coragem de dizer a bendita frase olhando diretamente nos olhos de seu pai, não o fez recuar. Rasgando uma folha de caderno ao meio, pegou uma caneta e fez um bilhetinho para seu pai dizendo o que precisava ser dito, e no final, a frase: “Pai eu te amo”.

Ele colocou o bilhetinho dentro da mala do pai, que estava pronta para uma viajem, e se retirou.

O tempo passou, seu pai chegou de viagem e quando Eduardo entrou no escritório de seu pai, olhou para a parede e lá estava a tal carta posta numa moldura feito Obra de arte.

Nossa mente consegue então, entrar um pouco no coração daquele pai, que não conhecia outra forma de dizer para seu filho que também o amava, a não ser tornando obra rara e preciosa, aquele bilhetinho de folha de papel rasgado ao meio.

Depois que Eduardo entregou o bilhete, no prazo de dois meses, seu pai descobriu um câncer e veio a falecer. Por pouco, por muito pouco a frase deixa de ser dita

Eduardo disse à tempo para que nós nos perguntássemos :Será que não estou perdendo o meu tempo?

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